Todos os processos de produção geram resíduos, que vão sendo acumulados e nem sempre recebem a destinação final ambientalmente adequada. De acordo com a Agência Brasil, no ano de 2018, foram geradas 79 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos e 40,5% não tiveram a destinação correta. A reciclagem, processo de reutilização de um resíduo que ainda tem capacidade de ser reaproveitado, também possui apenas 3% de efetividade no Brasil.
Enviados para longe de onde podemos nos lembrar, os resíduos gerados são descartados sem levar em consideração que poderiam ser utilizados em outras atividades, para produção de arte, por exemplo.
Alguns projetos realizados no Brasil, como o “Sabe o lixo? Virou arte!” produzidos pelo Ministério da Cultura e Enercan através da Lei Rouanet de Incentivo a Cultura, têm como objetivo auxiliar que resíduos que seriam descartados sejam transformados em arte, no caso desse projeto, em instrumentos musicais.
Existem diversos artistas plásticos que escolheram levar suas carreiras para a produção de arte com resíduos sólidos como matéria-prima, podendo ser desde garrafas PET, até pedaços de madeiras, tudo depende de onde a criatividade os levará.
Maria Koijck, artista plástica e ativista ambiental holandesa produziu o Dinossauro de 6 metros feito a partir de meia tonelada de PET, o que equivale a 10 mil garrafas PET – Inaugurado pelo Instituto Lixo Zero Brasil.
Sayaka Kajita é uma artista japonesa que trabalha com arte de peças de plástico, como colheres e copos. Ela é capaz de dar a ideia de movimento e definir muito bem as formas de cada peça produzida.
Ann P. Smith é estadunidense e artista que utiliza partes de eletrodomésticos e eletrônicos para criar suas peças que representam animais.
Já o Jaime Prades é brasileiro, sua arte é intitulada “Natureza Humana” e sua matéria-prima é a madeira. Com restos de madeiras recolhidos da rua, Prades constrói “árvores” e outros móveis.
Erika Iris Simmons, estadunidense, utiliza fitas cassetes para criar novas artes que representam outros artistas a partir das fitas.
De acordo com VELLOSO (2010) o homem cria não apenas porque quer ou porque gosta, mas por necessidade. Só pode desenvolver-se como ser humano, ordenando, dando forma, criando. Sendo assim, por que não unir o útil ao agradável e iniciar suas produções criativas com materiais que podem ser recicláveis? Produção artística, brinquedos, instrumentos musicais são alguns exemplos do que o seu resíduo sólido pode se tornar, além de muitas opções que acompanham sua criatividade!
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